domingo, 18 de agosto de 2019

Manifestantes de Hong Kong mostram força

Cerca de 1,7 milhão de pessoas do movimento pela democracia e a liberdade, 23% da população do território, saíram hoje às ruas de Hong Kong pela 11ª semana consecutiva, desafiando a polícia, a governadora regional e o regime comunista da China. 

A polícia afirmou que eram apenas 128 mil manifestantes. Em contraste com a violência das últimas semanas, o protesto foi pacífico e não houve repressão violenta.

Em dezenas de outras cidades, inclusive Londres, Melbourne, Nova York, Sídnei e Toronto, houve manifestações em apoio aos cidadãos de Hong Kong.

A polícia de Hong Kong tem usado força excessiva, gás lacrimogênio e balas de borracha. Depois que uma menina foi baleada no olho, vários manifestantes passaram a usar uma venda com uma mancha vermelha.

Até mesmo a tropa de choque das máfias locais foi acionada pela ditadura de Beijim para tentar esmagar o movimento. Sem sucesso.

A República Popular da China está aumentando a pressão sobre a classe empresarial para ficar ao lado do regime comunista, sob pena de ser excluído do mercado da China continental.

Na sexta-feira, a ditadura de Xi Jinping ordenou à companhia aérea Cathay Pacific que exclua dos seus voos para a China pilotos, comissários de bordo e aeromoças que participaram dos protestos.

Agora, pressiona as grandes empresas internacionais de contabilidade - PwC, KPMG, Deloitte e Ernst & Young - por causa de um anúncio de jornal publicado por funcionários destas companhias em apoio às manifestações.

O jornal chinês The Global Times, porta-voz da linha dura do regime comunista chinês, exigiu que as empresas "demitam empregados que adotaram uma posição errada diante da situação em Hong Kong".

Quando o Reino Unido devolveu a antiga colônia britânica à China, em 1997, o regime comunista prometeu manter o regime liberal durante 50 anos. A onda de manifestações começou em protesto contra um projeto de lei para autorizar a extradição de cidadãos de Hong Kong para responder a processos criminais na China continental.

A proposta acaba com a independência judiciária da suposta região administrativa especial e com a fórmula "um país, dois sistemas", criada tendo em vista também a reunificação com Taiwan.

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