Com a crise econômica e a hiperinflação, o salário mínimo da Venezuela vale hoje o equivalente a US$ 2. O salário mínimo está em 40 mil bolívares e a cotação do dólar no mercado paralelo ronda os 20 mil bolívares. Não é suficiente para comprar um quilo de carne ou uma dúzia de ovos.
Mais de 80% dos venezuelanos vivem na miséria, sem esperança de que a situação melhore. Ontem, quase 10 milhões de trabalhadores e aposentados receberam o equivalente a US$ 1, a metade do rendimento mensal, que dá para comprar um quilo de açúcar ou de farinha de trigo.
Só nos últimos 30 dias, a moeda venezuelana perdeu 50% do valor.
A ditadura de Nicolás Maduro distribui mensalmente bônus para cerca de 10 milhões de pessoas, mas o limite é de 100 mil bolívares, apenas US$ 5. Algumas empresas pagam os bônus em dólares para não perder seus funcionários.
Nos últimos seis anos, no governo Maduro, quando o produto interno bruto caiu pela metade, 5 milhões de pessoas fugiram da Venezuela. Elas mandam dinheiro do exterior para cerca de 1 milhão de venezuelanos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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