quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Partidos fazem acordo na Itália para afastar neofascista Salvini do poder

Os líderes do Movimento 5 Estrelas, anarquista, e do Partido Democrático, de centro-esquerda, anunciaram um acordo para formar um novo governo e evitar assim a convocação de eleições antecipadas como queria o líder da Liga, de extrema direita, Matteo Salvini, ao romper a coalizão com o M5E depois de um ano e dois meses. O primeiro-ministro Giuseppe Conte deve ser mantido no cargo.

No próximo passo, o presidente Sergio Mattarella deve convidar Conte formalmente para formar um novo governo. A dúvida é se será mais estável do que a tumultuada aliança entre o M5E e a Liga. Como fez campanha atacando os partidos tradicionais, o M5E era até há pouco inimigo do PD.

O objetivo imediato da nova coligação é evitar a realização de eleições em que a Liga seria favorita.

Salvini, que ataca a União Europeia, atribuindo-lhe todos os problemas do país, ao lado da crise dos refugiados, precipitou a queda do governo na esperança de vencer eleições antecipadas e formar o governo sozinho ou com pequenos partidos de ultradireita ainda mais sectários.

Numa última cartada, Salvini ofereceu ao vice-primeiro-ministro Luigi di Maio, do M5E, a chefia do futuro governo, para tentar ressuscitar a aliança que governou nos últimos 14 meses.

A Liga venceu as eleições para o Parlamento Europeu na Itália, com 34% dos votos, e teria até 40% das preferências em pesquisas recentes. Neste caso, seria o governo italiano mais à direita desde a queda de Benito Mussolini e do fascismo no fim da Segunda Guerra Mundial.

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