A rainha Elizabeth II aceitou hoje um pedido do primeiro-ministro Boris Johnson para suspender as atividades do Parlamento Britânico por cinco semanas, a partir de 10 de setembro. Tenta evitar que a Câmara dos Comuns impeça a saída do Reino Unido da União Europeia sem acordo. Como a rainha tem um cargo meramente cerimonial e não pode fazer política, não poderia se opor. A oposição denunciou a manobra como golpe.
De acordo com a medida, o Parlamento Britânico deve ser reaberto em 14 de outubro com a Fala do Trono, quando a rainha apresenta os planos do governo para a próxima sessão anual. O debate parlamentar sobre o discurso da rainha, escrito pelo primeiro-ministro, dura cinco dias.
Johnson está determinado a tirar o país da UE em 31 de outubro. Uma saída sem acordo será desastrosa para a economia e ameaça deflagrar uma campanha por um novo plebiscito sobre a independência da Escócia.
O líder da oposição, o deputado trabalhista Jeremy Corbyn, deve apresentar uma moção de desconfiança à Câmara dos Comuns, com a proposta de que Johnson seja afastado se perder. Neste caso, Corbyn seria nomeado primeiro-ministro interino até a realização de novas eleições gerais.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quarta-feira, 28 de agosto de 2019
Primeiro-ministro suspende Parlamento Britânico e é acusado de golpe
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