O Departamento do Comércio dos Estados Unidos devem prorrogar por 90 dias uma "licença temporária geral" para a companhia chinesa fabricante de equipamentos de telecomunicações Huawei, noticiou a agência Reuters. A licença, que vence no dia 19, permite à Huawei comprar suprimentos de empresas americanas.
Em nome da segurança nacional, o presidente Donald Trump acusa a Huawei de ser ligada ao regime comunista chinês e de participar de esquemas de espionagem. Está pressionando os aliados a não contratarem a companhia chinesa para implantar a tecnologia de telecomunicação móvel de quinta geração (5G).
Depois de colocar a Huawei numa lista negra, o Departamento do Comércio permitiu em maio que a empresa comprasse alguns produtos americanos. O objetivo foi evitar prejuízos para companhias de alta tecnologia dos EUA que tem a Huawei como um de seus maiores consumidores.
Agora, apesar das supostas ameaças à segurança nacional, Trump está disposto a usar a Huawei como moeda de troca. A prorrogação de licença tenta ressuscitar as negociações sobre produtos agrícolas. Quando Trump anunciou a imposição de tarifas de 10% sobre US$ 300 bilhões em importações anuais da da China, o governo chinês parou de comprar produtos agrícolas dos EUA.
Os agricultores e fazendeiros são uma base política importante do Partido Republicano, hoje um partido forte nas pequenas cidades e nas zonas rurais. Se não houve avanço nas negociações com a China, a licença pode não ser prorrogada.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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