Sob pressão da guerra comercial deflagrada pelos Estados Unidos, a cotação do yuan chinês ficou abaixo de sete por dólar, rompendo a meta abaixo da qual o Banco Popular da China, banco central do país, intervinha no mercado de câmbio para contar a queda.
É a primeira vez que isto acontece desde maio de 2008 e um sinal de que o governo chinês pode apelar para a desvalorização competitiva para baixar os preços internacionais de seus produtos e assim reduzir o impacto dos tarifaços do presidente Donald Trump.
O banco central chinês controla a flutuação da moeda e aceita uma variação de no máximo 2% para mais ou para menos. Na sexta-feira, depois do anúncio do novo tarifaço de Trump de 10% sobre produtos importados da China no valor de US$ 300 bilhões anuais, a moeda chinesa caiu 0,9%, com a venda de ações e fuga para títulos da dívida pública
Nesta segunda-feira, o yuan ou iuane perdeu 1,3% na abertura do mercado na Ásia. Foi cotado a 7,0297 por dólar.
No momento, a China está numa lista de países que têm grandes saldos comerciais com os EUA e estão sendo observados por possível manipulação cambial. Se a guerra comercial de Trump levar a uma guerra cambial, o risco para a economia mundial será muitíssimo maior.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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