O Banco Central vendeu US$ 100 milhões de dólares e aumentou a taxa básica de juros de 64% para 74% ao ano, a maior do mundo, para defender a moeda, subiu para 53 pesos por dólar para grandes negócios e 58 para o público.
Tudo por causa da fragorosa derrota sofrida pelo presidente Mauricio Macri nas eleições prévias realizadas ontem. A chapa da peronista Frente para Todos, formada pelo ex-chefe da Casa Civil Alberto Fernández e pela ex-presidente Cristina Kirchner, ganhou com mais de 47% dos votos contra 32% para Macri.
Todas as pesquisas de opinião erraram. Elas previam a vitória do kirchnerismo, mas com vantagens muito menores, de meio a oito pontos percentuais. Isso daria uma chance a Macri de vitória no segundo turno.
Pela lei argentina, bastam 45% mais um voto válido para ganhar no primeiro turno, ou 40% e uma vantagem de dez pontos percentuais sobre o segundo colocado. Como as intenções de voto não devem se alterar muito em dois meses e meio, até o primeiro turno, em 27 de outubro, a vitória de Alberto Fernández e Cristina Kirchner é dada como praticamente certa, o que explica o pânico no mercado.
A derrota do macrismo foi total. A governadora da província de Buenos Aires, María Eugenia Vidal, que era tida como muito popular, também teve apenas 32% dos votos, enquanto o ex-ministro da Economia de Cristina Kirchner, Axel Kicillof, chegou perto dos 50%. Meu comentário:
O presidente Macri atribuiu o pânico à falta de credibilidade do kirchnerismo no mercado financeiro internacional e prometeu lutar para dar a volta por cima em 27 de outubro para chegar ao segundo turno em 24 de novembro.
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