A perspectiva para a economia dos Estados Unidos é positiva, apesar dos riscos associados à demanda por maior protecionismo interno e a lentidão da valorização do iuã chinês, afirmou hoje no secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, numa tentativa de acalmar os mercados financeiros, em queda desde a forte desvalorização de 8,84% na Bolsa de Valores de Xangai, na China, terça-feira passada.
Paulson falava no Clube dos Economistas, em Washington, enquanto o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova Iorque, caía 209 pontos. A divulgação da dados positivos sobre a economia americana, como o crescimento da produção industrial em fevereiro e o aumento da renda pessoal, provocou uma recuperação das perdas.
A bolsa de Wall St. fechou em queda de 34,29 pontos (0,28%), o que não preocupa mas também não afasta os temores sobre a economia mundial.
Para o jornal inglês Financial Times, os diretores do Federal Reserve Board (Fed), o banco central dos EUA, esperam que o consumo mantenha um crescimento baixo mas capaz de evitar uma recessão na maior economia do mundo. Há poucos dias, a agência Bloomberg News disse que o ex-presidente do Fed Alan Greenspan admitiu a possibilidade de uma recessão até o final do ano.
"Parece que o Fed acredita que a recessão no mercado imobiliário está chegando ao fim", comenta no FT o economista David Rosenberg, do banco Merrill Lynch. "Tenho sérias dúvidas."
O economista destaca que o número do começo da construção de novas casas é muito inferior ao de casas que estão ficando prontas. Isto significa que em breve haverá uma forte queda na oferta.
"Temos 1,4 milhão de casas começando a ser construídas e 1,9 milhão prontas para o habite-se", raciocina Rosenberg. "Há uma lacuna de terá de ser preenchida para se restaurar o equilíbrio. Isso significa que estamos chegando numa fase, daqui até o fim do ano, em que esta queda na construção de residências vai se refletir em outros setores da economia".
O banco Merrill Lynch está mais otimista em relação ao setor industrial dos EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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