Os 27 países-membros da União Européia se comprometeram ontem, com a Declaração de Berlim, a resgatar em dois anos o processo da criação de um "tratado constitucional" que torne governável uma organização regional com tantos países.
A chamada Constituição da Europa foi ratificada por 18 países mas rejeitada, em 2005, em plebiscitos na França e na Holanda, dois dos seis países signatários do Tratado de Roma, que criou a Comunidade Econômica Européia em 25 de março de 1957.
Na verdade, não é propriamente uma Constituição, na medida em que foi redigida por uma comissão de notáveis, presidida pelo ex-presidente francês Valéry Giscard d'Estaing - e não por uma assembléia constituinte eleita democraticamente.
Com a Declaração de Berlim, salvou-se a festa dos 50 anos da integração européia. É uma vitória da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel. Mas a Europa unida vive sua crise de meia idade. Voltarei ao assunto.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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