As forças dos Estados Unidos e do Iraque lançaram uma campanha contra o contrabando de petróleo do Iraque, que ajuda a financiar os grupos armados rebeldes e reduz a produção oficial do país, atualmente em torno de 2 milhões de barris por dia, em contraste com cerca de 3 milhões antes da invasão americana.
O prejuízo total ao país é estimado em US$ 5 bilhões anuais. Sem o contrabando e com obras de infra-estrutura, os americanos acreditam que a produção de petróleo do Iraque chegaria a 5 milhões de barris diários.
Em novembro, um documento reservado do governo dos Estados Unidos estimou que os rebeldes iraquianos ganhem de US$ 25 milhões a US$ 100 mlhões por ano. Eles atacam caminhões-tanques para vender o petróleo em outros países, seqüestram trabalhadores do setor petrolífero para extorquir dinheiro e cobram proteção de caminhoneiros e donos de postos de gasolina.
Pela primeira vez desde a invasão, em 20 de março de 2003, revela the Wall Street Journal, há soldados americanos vigiando permanentemente a refinaria de Baiji, a maior do Iraque. São os pára-quedistas da 82ª Divisão Aerotransportada, de Forte Bragg, na Carolina do Norte, uma tropa de elite das Forças Armadas dos EUA, a turma que vai na frente em qualquer ataque.
Os pára-quedistas também estão reprimindo os postos de gasolina clandestinos, prendendo funcionários do setor petrolífero e altos funcionários do governo suspeitos de contrabandear petróleo.
Pelo relatório americano, 70% dos derivados processados em Baiji acabam no mercado negro, mais de US$ 2 bilhões por ano. O Iraque subsidia fortemente a gasolina e outros derivados de petróleo, então o lucro de revender em países vizinhos é enorme.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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