O filósofo e cientista social francês Jean Baudrillad, descrito pelo jornal Le Monde como um "observador crítico da sociedade de consumo e do mundo", morreu hoje em Paris aos 77 anos.
Autor de mais de 50 livros, foi também um grande crítico da mídia e da sociedade do espetáculo onde a simulação ou simulacro substitui a experiência real.
Crítico implacável da sociedade de consumo e da vida cotidiana da sociedade industrial, Baudrillard não se enquadrou nem no marxismo ortodoxo nem no da Escola de Frankfurt, onde se destacaram Theodor Adorno, Horkheimer e Walter Benjamin. Era abertamente contra o stalinismo mas também desconfiava do trotskismo e do maoísmo.
Na sua opinião, diz Le Monde, as ideologias, assim como as modas se reduzem a sistemas de signos. E os signos, sejam quais forem, não são mais do que simulacros.
Pessimista, niilista, Baudrillard acreditava que, por causa disso, o ser humano está condenado a viver num mundo de fantasia, na sociedade do espetáculo, onde tudo é simulação. Falta a essência última da realidade. Tentar criar uma nova política ou uma nova teoria social não passa de uma ilusão.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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