O déficit em conta corrente dos Estados Unidos atingiu o recorde de US$ 856,7 bilhões em 2006, 8,2% acima dos US$ 791,5 bilhões de 2005, mas diminuiu no último trimestre, por causa da queda dos preços do petróleo e do forte crescimento das exportações. É o equivalente a cerca de 6,5% do produto interno bruto dos EUA, de US$ 13,3 trilhões.
A expectativa é que essa tendência de redução do déficit em conta corrente, que inclue o comércio de bens e serviços, e o fluxo de investimentos, continue neste ano.
Com a queda nos preços do petróleo as importações caíram no último trimestre do ano passado para US$ 195,8 bilhões, o menor em mais de um ano, comparado com US$ 229,4 bilhões no trimestre anterior.
O desequilíbrio da balança comercial dos EUA é uma das grandes preocupações da economia mundial. Um déficit em conta corrente não será corrigido com uma suave desvalorização do dólar.
Como o dólar é a principal moeda de reserva no mundo, um forte abalo na cotação da moeda americana poderia provocar um grande movimento de venda, acelerando ainda mais sua queda. A correção exigiria uma redução forte no consumo nos EUA, com reflexos sobre toda a economia mundial.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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