O presidente George Walker Bush e o Congresso dos Estados Unidos devem trabalhar para remover os prisioneiros mais perigosos e fechar o centro de detenção instalado na base naval de Guantânamo, em Cuba, afirmou ontem o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, ao depor na Câmara.
A prisão de Guantânamo, criticada por organizações de defesa de direitos humanos, outros países e até mesmo pelo Reino Unido, o maior aliado dos EUA, foi a solução encontrada pelo governo Bush para deixar os suspeitos detidos na guerra contra o terrorismo num limbo jurídico. Sem uma acusação formal e um processo legal, eles deveriam ser soltos em qualquer regime democrático.
Mas Bush, Gates e outros altos funcionários americanos temem que, se forem submetidos a um processo judicial e libertados, voltem para atacar os EUA. Ou então façam de um julgamento público uma plataforma para suas idéias e revelem os métodos dos americanos na guerra contra o terrorismo.
Com base num parecer do atual secretário da Justiça, Alberto Gonzales, na época assessor jurídico da Casa Branca, os presos na guerra contra o terror foram declarados "combatentes ilegais" por não pertencerem a exércitos regulares, não obedecerem a uma cadeia de comando e não usarem uniformes. Foi a desculpa usada para lhes negar os direitos garantidos pelas Convenções de Genebra.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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