A maior economia do mundo dá mais sinais contraditórios. Em janeiro, as encomendas à indústria de bens de consumo diminuíram em 5,6% e as de bens de capital em 6,3%, informou hoje o Departamento de Comércio dos Estados Unidos. É a maior queda desde 2000, bem mais do que esperavam os analistas, algo em torno de 4,5%, num sinal de desaquecimento da economia.
Também hoje foi anunciado que os custos trabalhistas unitários (por trabalhador) aumentaram 6,6%, num sinal de aquecimento do mercado de trabalho que pode pressionar a inflação e contribuir para o aumento das taxas de juros.
A boa notícia é que, com a recuperação dos mercados na Ásia e na Europa, a Bolsa de Valores de Nova Iorque está em alta de 120 pontos (1,02%).
Outras informações do relatório sobre encomendas à indústria:
• As encomendas subiram 0,2% em relação a janeiro de 2006.
• Tirando os bens de transporte, normalmente bastante voláteis, as ordens caíram 2,9%.
• Excluindo as encomendas para o setor de defesa, as ordens de compra caíram 5,5%, no maior declínio desde que os dados começaram a ser coletados, em 1992.
• A entrega de bens caiu 1,2%, incluindo uma baixa de 0,5% nas entregas de bens duráveis.
• As entregas caíram 0,3% em comparação com janeiro de 2006.
• As entregas de bens de capital caíram 2,8% e estão em baixa de 0,1% nos últimos 12 meses.
• As ordens no setor de transportes baixaram 19%, com queda de 6,7% nas encomendas de veículos.
• As ordens de computadores e produtos eletroeletrônicos caíram 9,9%.
• As ordens de máquinas de produção caíram 9,9%, com uma redução de 41% nos equipamentos de construção.
• As ordens de equipamentos elétricos subiram 9,1%.
• As ordens de produtos químicos cresceram 0,2%.
• As ordens para a indústria de papel caíram 6,4%.
• As ordens de produtos alimentícios subiram 0,5%.
Para os analistas, como as empresas têm de adaptar seus estoques à demanda, o que vai reduzir qualquer retomada da atividade industrial.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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