Treze pessoas foram denunciadas pela Justiça Federal dos Estados Unidos por ligações com duas operações fraudulentas no mercado financeiro feitas a partir de informação privilegiada.
Entre os réus, há uma advogada do banco de investimentos Morgan Stanley e seu marido, um gerente de relacionamento com clientes institucionais do setor de pesquisa sobre ações do banco UBS, representantes dos bancos Bear Sterns e Bank of America, e de corretores de fundos de hedge.
As acusações são conspiração, fraude no mercado de ações, suborno e fazer declarações falsas.
"O que é mais alarmante não é a dimensão do esquema - quatorze acusados, cinco anos de transações ilegais, centenas de dicas e mais de US$ 15 milhões em ganhos ilícitos - mas, tristemente, quem está no centro", desabafou a diretora da Divisão de Investigações da SEC (Securities and Exchange Commission), a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, Linda Chatman Thomsen. "Esta conduta ilícita não aconteceu em salas escuras mas em algumas das maiores firmas de Wall Street".
Desde 2001, Mitchel Guttenberg, diretor do UBS, passou informações a pelo menos dois corretores sobre ações que teriam recomendação de alta no próximo relatório do banco. Em troca, recebeu uma comissão sobre o lucro ilícito.
No outro caso, Randi Collotta, uma advogada de 30 anos do banco Morgan Stanley e seu marido, Christopher Collotta, de 34 anos, de passarem informações sobre grandes aquisições feitas por empresas para um corretor da Flórida em troca de parte dos ganhos ilícitos.
"É um dos maiores processos da CVM contra profissionais de Wall Street desde Ivan Boesky e Dennis Levine", declarou Scott Friestad, diretor adjunto da Divisão de Investigações, lembrando grandes especulados dos escândalos financeiros dos anos 80.
Oito dos treze acusados estão presos e o nono deve ter sido detido na quinta-feira.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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