Em mais um gesto autoritário e fascistoide, o bilionário Donald Trump, virtual candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos, proibiu o jornal The Washington Post de cobrir sua campanha à Casa Branca. Há uma longa lista de meios de comunicação censurados por Trump.
No Facebook, o magnata imobiliário declarou que, "baseado numa cobertura com reportagens incrivelmente inacuradas da campanha recordista de Trump, nós estamos revogando as credenciais de imprensa do falso e desonesto Washington Post."
O editor executivo do Post, Martin Baron, respondeu: "A decisão de Donald Trump de retirar das credenciais de The Washington Post nada mais é do que o repúdio ao papel de uma imprensa livre e independente. Quando a cobertura não corresponde ao que o candidato gostaria, uma organização jornalística é banida. O Post vai continuar cobrindo Donald Trump como sempre fez - honorável, honesta, acurada, enérgica e inflexivelmente. Temos orgulho de nossa cobertura e vamos mantê-la."
Entre os meios de comunicação banidos por Trump, estão Gawker, BuzzFeed, Foreign Policy, Politico, Fusion, Univisión, Mother Jones, The New Hampshire Union Leader, Des Moines Register, The Daily Beast e The Huffington Post.
The Washington Post se tornou um dos jornais mais famosos do mundo ao revelar o Escândalo de Watergate, uma operação da espionagem da oposição comandada de dentro da Casa Branca pelo presidente Richard Nixon durante a campanha eleitoral de 1972. Reeleito, Nixon renunciou em 1974.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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