A chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel, não vê motivo para acelerar a saída do Reino Unido da União Europeia, contradizendo o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker e seu próprio ministro do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, noticiou a agência Reuters.
No momento em que 2 milhões de britânicos firmaram um abaixo-assinado pedindo a convocação de um novo plebiscito, Merkel pede cautela e uma saída organizada.
Juncker entende que a Europa não pode esperar até outubro, quando o primeiro-ministro britânico David Cameron pretende transferir o poder a um novo líder do Partido Conservador.
Hoje o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, nomeou o diplomata belga Didier Seeuws para chefe da força-tarefa que vai coordenar a Brexit (do inglês, Britain exit, saída da Grã-Bretanha). Será a primeira aplicação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, que estabelece as regras para um país deixar a UE.
Os líderes europeus temem que o debate sobre a saída britânica estimule outros movimentos ultranacionalistas interessados em romper com a Europa unida, especialmente na França, Holanda, Itália, Dinamarca, Suécia, Áustria e até mesmo na Eslováquia.
Por outro lado, a primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, prepara a convocação de um novo plebiscito sobre a independência e pediu a abertura de um diálogo com a UE para manter o país dentro do bloco europeu.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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