Com 92,6% das urnas escrutinadas, a vantagem do ex-primeiro-ministro Pedro Pablo Kuczynski sobre a ex-deputada Keiko Fujimori caiu de 1,64% para 0,64% do total de votos válidos no segundo turno da eleição presidencial peruana, informou hoje o Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE). Keiko disse confiar nos votos do exterior e do "Peru profundo" para conquistar a vitória.
Pela contagem rápida do instituto GfK, baseada numa amostragem das atas eleitorais, Kuczynski ganhou com 50,8% contra 49,2% para Keiko. O instituto Ipsos dá 50,5% a 49,5% para o ex-primeiro-ministro. As contagens rápidas têm margem de erro de 1%.
Kuczynski, de 77 anos, é um economista e tecnocrata pouco carismático. No segundo turno, galvanizou as forças do antifujimorismo e apresentou a disputa como uma opção entre democracia e ditadura. O pai de Keiko, o ex-presidente Alberto Fujimori está preso e condenado a 25 anos de cadeia por corrupção e violações dos direitos humanos.
Depois de vencer o primeiro turno em abril, Keiko, de 41 anos, esteve à frente nas pesquisas com um discurso linha dura, prometendo combater a criminalidade.
Filho de um médico judeu que fugiu da Alemanha diante da ascensão do nazismo e de mãe suíça que era professora de literatura, o ex-primeiro-ministro nasceu em Lima em 3 de outubro de 1938.
Com bolsa de estudos, Kuczynski estudou economia, filosofia e política na Universidade de Oxford, na Inglaterra. Ele trabalhou no Banco Mundial e no Banco Central do Peru, e afirma que sua maior preocupação é com a desigualdade social.
Durante a campanha, prometeu um "governo transparente", capaz de fornecer água limpa à população e acelerar o crescimento econômico peruano, que caiu de uma média de 6% ao ano para cerca de metade disso nos últimos dois anos.
O resultado final pode só ser conhecido no fim da semana.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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