Depois da dois ataques na semana passada, a companhia mineradora brasileira Vale suspendeu o transporte de carvão na Ferrovia do Sena, em Moçambique, noticiou a agência Lusa.
"O transporte na linha do Sena está interrompido desde 8 de junho, quando houve o último incidente", declarou uma porta-voz da empresa, ressalvando que "até o momento não há impacto na produção nem na exportação".
A locomotiva foi alvo de tiros. Um tripulante saiu ferido. "Ocorreram recentemente dois incidentes envolvendo trens da Vale na linha férrea do Sena, o primeiro no dia 6 de junho às 10 horas e o segundo no dia 8 de junho por volta das 20h", acrescentou a porta-voz.
A polícia de Moçambique acusa a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), o maior partido de oposição, que se recusou a aceitar o resultado das eleições de 2014 e exige o direito de governar as províncias onde venceu.
No início de junho, representantes do governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e da Renamo se reuniram pela terceira vez desde o reinício do diálogo, no fim de maio de 2016, para preparar um encontro entre o presidente do país, Filipe Nyusi, e o líder da oposição, Afonso Dhlakama.
A Frelimo, originalmente um grupo guerrilheiro comunista, governa Moçambique desde a independência, em 1975. A Renamo nasceu na vizinha Rodésia, hoje Zimbábue, na época governada por um regime supremacista branco ligado ao regime do apartheid na África do Sul.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário