O total de refugiados no mundo por causa de conflitos armados passou de 65 milhões. É o maior registrado até hoje, revelou o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados. Em uma população mundial de 7,35 bilhões, de cada 113 pessoas, uma é refugiada, está procurando asilo político ou fugiu de casa mas não do país onde vive.
Um terço dos refugiados vem da Síria (4,9 milhões), do Afeganistão (2,7 milhões) e da Somália (1,1 milhão). Apesar do destaque dado à crise dos refugiados na Europa, onde mais de um milhão tentaram entrar no passado pelo Mar Mediterrâneo, os países ricos só acolheram 3,2 milhões.
Os países em desenvolvimento como a Turquia e o Paquistão receberam 86% do total, informa o relatório Tendências Globais. Em países pequenos como o Líbano e a Jordânia, o peso dos refugiados no orçamento e nos serviços públicos é desproporcional.
No mundo inteiro, havia no fim do ano passado 21,3 milhões de refugiados que saíram de seus países, 1,8 milhão a mais do que em 2014 e o maior número desde os anos 1990s. Cerca de 40,8 milhões fugiram de casas sem sair do país, outro recorde. Os desalojados ou deslocados internamente são hoje 2,6 milhões a mais do que em 2015.
Dos deslocados internamente, a maioria é da Colômbia (6,9 milhões), da Síria (6,6 milhões) e do Iraque (4,4 milhões). No Iêmen, 2,5 milhões ou 9% da população foram desalojados no ano passado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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