Com 31 mil soldados de 18 países-membros e cinco outros aliados, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) realiza de hoje até 17 de junho as maiores manobras militares na Polônia desde a queda do regime comunista, em 1989, informou a Rádio Polônia.
A aliança atlântica realiza amanhã e depois de amanhã uma reunião de cúpula em Varsóvia para sinalizar o apoio à Polônia, que se sente ameaçada desde a intervenção militar da Rússia na ex-república soviética da Ucrânia, em 2014.
O treinamento militar vai se concentrar na coordenação entre a OTAN e os chefes militares de cada país-membro em caso de guerra híbrida, uma mistura de revoltas populares com táticas de guerras não convencionais como a Rússia faz na Ucrânia.
A Polônia era sócia fundadora do Pacto de Varsóvia, a aliança militar liderada pela União Soviética, criada em 1955 e dissolvida formalmente em 1991. Em 1999, a Polônia pós-comunista entrou para a OTAN e, em 2004, para a União Europeia.
A crise na Ucrânia começou com a recusa do então presidente Viktor Yanukovich de fechar um acordo de associação com a UE, em novembro de 2013. Uma onda de protestos na Praça Maidan, em Kiev, a capital do país, levou à fuga de Yanukovich em 22 de fevereiro de 2014.
Moscou denunciou um golpe de Estado, anexou a região da Crimeia, onde fica a base da Frota do Mar Negro, compartilhada entre os dois países desde o fim da URSS, e promoveu uma revolta dos russos étnicos no Leste da Ucrânia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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