Depois de 52 anos de guerra civil, o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) anunciaram hoje um acordo de cessar-fogo definitivo a ser assinado amanhã dentro das negociações realizadas há quatro em Havana, a capital de Cuba.
Além do fim definitivo das hostilidades, o acordo prevê a concentração dos guerrilheiros em 26 a 30 zonas especiais para entrega das armas e desmobilização. Não são zonas de negociação, são lugares de passagem, de trânsito para os guerrilheiros voltarem à vida civil.
O presidente Juan Manuel Santos espera assinar o acordo de paz em 20 de julho de 2016.
As negociações têm amplo apoio internacional. O governo colombiano também abriu o diálogo pela paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN), o segundo maior grupo guerrilheiro do país, até mesmo para evitar que os rebeldes das FARC simplesmente mudem de grupo.
Cerca de 220 mil pessoas foram mortas desde 1964, quando as FARC entraram na guerra civil colombiana como braço armado do Partido Comunista. Outras 45 mil desapareceram e 6,9 milhões fugiram de casa.
Desde o assassinato do candidato liberal à Presidência da Colômbia Jorge Eliécer Gaitán, em 9 de abril de 1948, mais de 500 mil pessoas foram mortas pela violência política no país. Esta é a primeira expectativa concreta de paz em décadas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário