Uma nova pesquisa divulgada hoje de manhã pelo Instituto Populus aponta uma vitória relativamente folgada da permanência do Reino Unido na União Europeia no plebiscito realizado hoje no país, com 55% contra 45% para quem defende a saída do bloco europeu.
Foi a quarta pesquisa do dia indicando a vitória dos partidários da UE depois de uma campanha radicalizada que teve até o assassinato da deputada trabalhista Jo, defensora do projeto de integração da Europa.
Nos últimos dias, tanto o mercado financeiro como as bolsas de apostas do Reino Unido indicaram a vitória do fico.
Qualquer que seja o resultado do plebiscito a UE sai profundamente abalada. Se os partidários da Brexit (Britain Exit, saída britânica em inglês) vencerem, todos os movimentos nacionalistas de extrema direita que proliferam no continente ganham junto e devem apresentar propostas semelhantes, como quer, por exemplo, a líder da Frente Nacional da França, Marine Le Pen.
O primeiro-ministro David Cameron convocou o plebiscito na expectativa de acabar com a guerra civil do Partido Conservador em torno da Europa, que vem desde a queda da primeira-ministra Margaret Thatcher, em 1990. A disputa dilacerou o partido, a oposição trabalhista e o Reino Unido.
Se a saída da UE ganhar, a Escócia deve convocar um novo plebiscito e aprovar a independência do país.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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