A seis dias das eleições parlamentares na Espanha, o governante Partido Popular, de direita, lidera as pesquisas com 25,3%, seguido pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) com 21% e pelos novos partidos de esquerda Podemos (19,1%) e de centro Cidadãos (18,2%), noticia hoje o jornal espanhol El País.
Depois da pior crise econômica desde a redemocratização da Espanha, em que o desemprego atingiu um quarto da população ativa, estas eleições marcam o fim do bipartidarismo. A partir da eleição do socialista Felipe González, em 1982, PSOE e PP se alternaram no poder. Agora, terão de formar coligações para governar com os novos partidos nascidos da crise.
Com base nos números da pesquisa do instituto Metroscopia, o PP deve eleger 109 dos 350 deputados, ficando bem abaixo da maioria simples, de 176 cadeiras. O PSOE teria 90, Podemos e Cidadãos 60 deputados cada e a Esquerda Unida, dois parlamentares.
Em relação à sondagem anterior, o PP se consolida em primeiro lugar, mesmo com o primeiro-ministro Mariano Rajoy fugindo dos debates. O PSOE, liderado por Pedro Sánchez, caiu um pouco. Podemos, liderado por Pablo Iglesias, avançou dois pontos e Cidadãos, liderado por Albert Rivera, caiu quatro pontos.
Com tanto em jogo, a expectativa é de uma taxa de abstenção em torno de 20%.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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