A segunda estimativa do produto interno bruto do Japão no terceiro trimestre de 2015 apontou um crescimento de 0,3%, em vez do recuo de 0,2% anunciado na primeira estimativa. Com dois trimestres consecutivos de queda no PIB, a terceira maior economia do mundo estaria em recessão.
Com o pequeno avanço, que projeta uma expansão anual de 1%, o Japão escapou da recessão, definida por convenção dos economistas como dois trimestres consecutivos de queda na produção.
A revisão para cima se deveu ao maior investimento das empresas na formação de capital do que estimado inicialmente. O consumo das famílias, responsável por 60% do PIB, subiu apenas 0,4%, aumentando a preocupação do governo Shinzo Abe.
Através de uma série de medidas de estímulo como reformas estruturais e aumento da quantidade de dinheiro em circulação, a chamada abeconomia tenta combater a estagnação e a deflação, duas pragas da economia japonesa desde o início dos anos 1990s, quando estourou a bolha especulativa do Super-Japão dos anos 1980s.
Entre outras medidas, o governo está pressionando as empresas a aumentar os salários. Em 4 de dezembro, foi anunciada uma alta de 1,9% nos últimos 12 meses. A taxa de desemprego está em 3,1%. O salário mínimo deve ser reajustado em 2%.
Um problema que dificulta a adoção de mais estímulos econômicos é a dívida pública japonesa, de 240% do PIB.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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