O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, pediu perdão hoje à Coreia do Sul pela escravidão sexual de mulheres coreanas durante a Segunda Guerra Mundial e prometeu uma indenização de 1 bilhão de ienes (US$ 8,3 milhões ou R$ 32 milhões), noticiou o jornal americano The Wall Street Journal.
As chamadas mulheres de conforto, que confortavam os soldados japoneses, já receberam compensações de doações privadas feitas por japoneses, mas o governo sul-coreano sempre cobrou uma indenização governamental.
Restam hoje 46 escravas sexuais sobreviventes. Só uma aceitou o acordo, descrito pelo Conselho Coreano para Mulheres Forçadas à Escravidão Sexual como uma "humilhação diplomática".
Neste mês, os dois países celebraram 50 anos do reatamento de relações diplomáticas. O Japão invadiu a Coreia em 1910. No fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o Sul foi ocupado pelos Estados Unidos e o Norte pela União Soviética, dando origem à divisão do país e à fundação da Coreia do Norte e da Coreia do Sul em 1948.
Os EUA estimulam a melhoria das relações bilaterais entre o Japão e a Coreia do Sul como forma de conter o crescente poderio chinês. A China é a maior parceira comercial da Coreia do Sul e a única aliada do regime comunista da Coreia do Norte.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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