Até o fim de 2003, o Irã estava fazendo esforços "coordenados" para desenvolver armas nucleares. Algumas dessas atividades foram mantidas além disso, mas, depois de cinco meses de investigações, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão das Nações Unidas, concluiu não haver desde 2009 "indícios confiáveis" de que o país queira fazer a bomba atômica.
Desde 2009, o Irã teria feito apenas estudos científicos, sem adquirir capacidades específicas para fazer armas nucleares. Diante dessa constatação, é provável que as grandes potências do Conselho de Segurança da ONU (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia) concordem em suspender as sanções ao Irã com base no acordo assinado em julho de 2015.
Além de reduzir o número de centrífugas e o volume de urânio enriquecido em estoque, e de fechar instalações nucleares, a República Islâmica do Irã se comprometeu a abrir suas instalações nucleares a inspeções irrestritas da AIEA, encarregada de fiscalizar o cumprimento do acordo.
A AIEA fez uma ressalva às respostas dadas pelo regime dos aiatolás em relação à base militar de Parchin, onde satélites-espiões dos EUA registraram atividades suspeitas. O governo iraniano alegou que era apenas uma obra na estrada próxima.
É o suficiente para adversários do acordo, especialmente Israel e o Partido Republicano dos EUA, reiniciarem seus ataques.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
AIEA não vê sinais de produção de armas nucleares no Irã desde 2009
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