A ditadura militar do Egito mobilizou o Exérito em todo o país para tentar impedir ataques terroristas no Ano Novo, uma festa cristã repudiada por extremistas muçulmanos, informou a Agência de Notícias do Oriente Médio.
O Exército vai colaborar com a polícia nas ações de patrulhamento, com atenção especial nos jihadistas. O Egito enfrenta múltiplas ameaças, inclusive de grupos concorrentes como Al Caeda e o Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Depois da queda do ditador Hosni Mubarak, na Primavera Árabe, em 11 de fevereiro de 2011, o Egito teve um breve governo de um ano da Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista islâmico, fundado em 1928.
Mohamed Mursi, o único presidente eleito democraticamente da história do Egito, foi deposto por um golpe militar liderado pelo atual ditador, Abdel Fattah al-Sissi, em 3 de julho de 2013. Desde então, mais de mil ativistas muçulmanos foram mortos e toda a cúpula da Irmandade, inclusive Mursi, condenada.
Não faltam, então, extremistas dispostos a atacar o Egito. Em 31 de outubro, um avião de passageiros russo foi derrubado quando ia de Charm al-Cheikh, no Mar Vermelho, para São Petersburgo, na Rússia, matando todas as 224 pessoas a bordo.
A Província do Sinai do Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado. O governo egípcio nega que tenha sido terrorismo para não admitir o sucesso dos terroristas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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