Depois de chamar o Brasil de "anão diplomático", o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, indicou em 5 de agosto um novo embaixador em Brasília, Dani Dayan, rejeitado pelo governo Dilma Rousseff por ser líder dos colonos assentados ilegalmente nos territórios árabes ocupados. O prazo-limite é o Natal, revelou na semana passada o jornal The Times of Israel.
A nomeação de Dayan foi elogiada até mesmo pelo Partido Trabalhista, de esquerda, favorável a uma paz negociada com a criação de um Estado Nacional para o povo palestino, com a retirada israelense dos territórios árabes ocupados na Guerra dos Seis Dias, em
Imediatamente, no Brasil e em Israel, começou um movimento para pressionar o governo brasileiro a rejeitar a indicação. Em 20 de setembro, o mesmo jornal noticiou que a presidente Dilma Rousseff vetou Dayan, que tivera a nomeação aprovada pelo governo em 6 de setembro.
"O Brasil não vai aceitar Dayan", comentou anonimamente um ex-diplomata israelense. "Eles não nos deram nenhuma resposta, o que significa que esperam que a gente entenda a mensagem por nós mesmos. Para o Brasil, é um escândalo que mande um líder dos colonos como embaixador."
Desde a indicação, Dayan estuda português e mantém contato com organizações judaicas e parlamentares brasileiros. Terá tempo de sobra para aprender a língua, mas talvez não tenha onde usá-la.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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