Em pronunciamento pela televisão no horário nobre transmitido do Salão Oval da Casa Branca, o presidente Barack Obama advertiu os americanos de que o terrorismo entrou numa "nova fase" em que as ameaças incluem massacres como e de San Bernardino, na Califórnia.
"A ameaça do terrorismo é real, mas vamos superá-la", afirmou o presidente dos Estados Unidos num discurso de 14 minutos em que não apresentou novidades na sua estratégia para vencer o Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Obama limitou-se a dizer: "Vamos destruir o EIIL."
O presidente advertiu que a islamofobia joga a favor dos terroristas e pediu ao Congresso maior controle da venda de armas. "Não é possível que alguém que esteja numa lista proibindo-o de viajar de avião possa comprar armas."
Sob ataque intenso dos aspirantes à candidatura do Partido Republicano à Presidência em 2016, que o acusam de enfraquecer o poderio dos EUA, antes mesmo do atentado na Califórnia, 60% estavam descontentes com a estratégia de Obama para combater o terrorismo.
Desde agosto de 2014, a Força Aérea dos EUA bombardeia posições do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, mas no solo só seus aliados curdos conseguiram vitórias importantes, retomando as cidades de Kobane, na Síria, e Sinjar, no Iraque.
Obama tem sido muito criticado, especialmente depois da intervenção militar da Rússia na guerra civil da Síria para sustentar a ditadura de Bachar Assad, mas não muda sua política para o conflito, acreditando que a derrota dos terroristas "não depende de falar grosso nem de abandonar nossos valores ou ceder ao medo. Vamos prevalecer sendo fortes e inteligentes, resistentes e sem dar trégua."
Tentando levantar a força moral da nação num país onde os pais estão começando a alertar os filhos para o risco de terrorismo do Estado Islâmico, Obama alegou: "Vamos ter certeza de que não vamos esquecer nunca o que nos torna excepcionais. Não vamos esquecer que a liberdade é mais poderosa do que o medo."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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