O mercado de trabalho cresceu menos, mas a economia dos Estados Unidos registrou um saldo positivo de 221 mil empregos no mês de novembro reforçando a expectativa de que o banco central do país volte a aumentar as taxas de juros na reunião de 15 e 16 de dezembro, revelou hoje o Departamento do Trabalho. A taxa de desemprego ficou inalterada em 5%.
Em outubro, a maior economia do mundo tinha gerado impressionantes 298 mil postos de trabalho. A revisão dos dados de setembro e outubro acrescentou mais 35 mil vagas.
O índice de desemprego estável, medido em outra pesquisa, indica um aumento na procura de emprego por quem estava fora do mercado há algum tempo. Em novembro, 7,9 milhões de americanos procuraram emprego sem sucesso.
"Não há nada que sugira outra coisa além de um mercado de trabalho em crescimento rápido e saudável", declarou o economista Guy LeBas, estrategista de renda fixa da corretora Janney Montgomery Scott. "Por várias medidas, inclusive a taxa de desemprego e o índice de mercado de trabalho do Fed, a economia dos EUA está muito perto ou já chegou ao pleno emprego."
Para outra analista, Sophia Koropeckyj, da consultoria Moody's Analytics, "o mercado de trabalho exige uma impressionante resiliência diante de uma economia global mais fraca, do dólar forte e da persistência dos baixos preços dos produtos primários."
Ontem, perante uma comissão conjunta do Congresso, a presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, Janet Yellen, observou que uma demora maior em retomar a alta nos juros pode prejudicar a economia.
A taxa básica de juros do Fed não sobe desde 2006. Está praticamente zerada desde dezembro de 2008 para combater a Grande Recessão. Agora, com o mercado de trabalho criando mais de 200 mil empregos por mês e a inflação subindo rumo à meta informal de 2% perseguida pelo Fed, 75% dos economistas apostam numa alta.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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