Os rebeldes teleguiados pelo Kremlin cercaram as forças do governo da Ucrânia na cidade de Debaltseve e parecem ter assumido o controle de Vuhlehirsk, noticiou a agência Reuters. Os militares ucranianos disseram ainda estar resistindo, mas os repórteres não viram mais sua presença na cidade.
Mais cedo, um tiro de canhão atingiu em Donetsk, capital da província do mesmo nome. Pelo menos cinco pessoas morreram. É uma das duas regiões do Leste da Ucrânia declaradas "repúblicas populares" pelos rebeldes étnica e linguisticamente russos.
Amanhã, o secretário de Estado americano, John Kerry, visita Kiev, a capital da Ucrânia, onde vai discutir o envio de armas dos Estados Unidos à Ucrânia. Isso pode reforçar o discurso da propaganda oficial do protoditador Vladimir Putin, que apresenta o Exército ucraniano como uma força mercenária a serviço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Mais de 5,8 mil pessoas morreram na guerra deflagrada por Putin na Ucrânia a partir de abril de 2014, depois de ter anexado ilegalmente a península da Crimeia no mês anterior.
Depois de um cessar-fogo acertado no ano passado, o conflito havia diminuído, mas o profundo declínio da economia da Rússia diante das sanções internacionais em retaliação contra a intervenção na Ucrânia e da queda nos preços do petróleo, Putin retomou o conflito em busca da popularidade perdida. Com o dinheiro no bolso dos russos perdendo rapidamente o valor, o truque sanguinário não vai funcionar.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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