Em um passo importante para transformá-lo em santo, o papa Francisco declarou ontem que o monsenhor Óscar Arnulfo Romero, arcebispo de San Salvador assassinado quando rezava missa na catedral em 24 de março de 1980, no início da guerra civil em El Salvador, foi um mártir.
Discreto e inicialmente considerado conservador, o arcebispo Romero se tornou a principal voz em defesa dos direitos humanos diante das atrocidades cometidas pelas ditaduras apoiadas pelos Estados Unidos na América Central durante a Guerra Fria. Foi morto pelos esquadrões da morte que denunciava. Ninguém foi punido. O principal suspeito era o major Roberto D'Aubuisson.
Cerca de 75 mil pessoas foram mortas até 1992 na guerra civil salvadorenha. Dom Romero foi a principal vítima. Em El Salvador, o chamam de São Romero. Sua estátua está na Abadia de Westminster, em Londres, como um dos dez mártires do século 20.
A beatificação ainda não tem data. O monsenhor Rafael Urrutia, vicário da Arquidiciose de San Salvador, espera que o primeiro papa latino-americano passe em El Salvador na sua próxima visita à América Latina, em julho, quando deverá ir à Bolívia, ao Paraguai e ao Equador.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
Papa declara que arcebispo salvadorenho Óscar Romero foi um mártir
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