Às vésperas da divulgação de um relatório sobre sua nova estratégia para o Iraque, o presidente George Walker Bush fez hoje uma visita surpresa ao Iraque, em mais uma tentativa de convencer a opinião pública americana de que os Estados Unidos podem ganhar a guerra. Ele admitiu a possibilidade de reduzir o número de soldados americanos no Iraque, hoje em torno de 160 mil.
Bush esteve na província de Anbar, onde a nova estratégia americana é diferente do aumento de tropas adotado em Bagdá. Em Anbar, onde a rede terrorista Al Caeda chegou a proclamar a fundação do Estado Islâmico do Iraque, os EUA estão apoiando milícias sunitas que inicialmente lutaram contra a invasão americana mas que agora compreenderam que é preciso se livrar da al Caeda antes que os americanos vão embora.
Esta terceirização da guerra, a exemplo do que o governo Bush fez com os senhores da guerra no Afeganistão, ajuda a apressar a retirada americana. Extremamente impopular, o atual presidente arrasta o Partido Republicano para uma grande derrota nas eleições de 2008, quando deve perder a Casa Branca e ver o Partido Democrata ampliar suas maiorias na Câmara e no Senado.
Por outro lado, os militares americanos estão preocupados com a incapacidade das Forças Armadas dos EUA de responder a outros desafios de segurança que possam ocorrer. A volta para casa de alguns soldados reforçaria essa reserva para emergências.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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