Por uma esmagadora maioria de 143 países, inclusive o Brasil, e com os votos contrários apenas da Austrália, do Canadá, dos Estados Unidos e da Nova Zelândia, a Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou na quinta-feira, 13 de setembro, a Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, resultado de 22 anos de debates e negociações.
Jumanda Gakelebone, do Deserto de Kalahari, em Botsuana, festejou: "Estamos alegres e satisfeitos com a adoção desta declaração. Ela reconhece que os governos não podem nos tratar como cidadãos de segunda classe e dá proteção aos povos tribais para que jamais sejam expulsos de suas terras."
Para Kiplangat Cheruiyot, do Quênia, "com esta declaração as vidas dos povos indígenas serão elevadas ao mesmo nível do resto dos cidadãos do mundo".
Já o diretor da organização não-governamental de defesa dos povos indígenas Survival International, Stephen Corry, comentou que "a Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, ao reconhecer os direitos coletivos, elevará os padrões internacionais da mesma maneira que a Declaração Universal dos Direitos do Homem fez há quase 60 anos. Ela estabelece padrões de referência para que o tratamento dos povos indígenas e tribais possa ser julgado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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