O governo do primeiro-ministro Nuri al-Maliki não está sendo capaz de conter a violência sectária entre sunitas e xiitas, concluiu um relatório apresentado pelo Gabinete de Prestação de Contas do Governo (GAO, do inglês) ao Congresso dos Estados Unidos nesta terça-feira. Apenas sete das 18 metas estabelecidas em maio pelo Congresso foram cumpridas pelo governo iraquiano. Entre os fracassos, a incapacidade de conter a violência sectária.
"A violência continua elevada, o número de forças de segurança iraquianas capazes de conduzir operações independentes diminuiu e as milícias não foram desarmadas", afirma o GAO, o braço investigativo do Congresso americano.
Apesar do envio de mais 30 mil americanos dentro da estratégia anunciada em janeiro pelo presidente George W. Bush, aumentando o contingente das forças dos EUA no Iraque para 160 mil soldados, o número de ataque a civis praticamente não variou de fevereiro a julho de 2007.
Os comandantes militares americanos acreditam que os próximos três ou quatro meses serão decisivos para ver se sua ação está dando resultado, se a violência será contida para que os EUA possam se retirar do Iraque sem medo de que o país caia nas mãos da rede terrorista Al Caeda ou de milícias xiitas extremistas como o Exército Mehdi, do aiatolá Muktada al-Sader - ou, pior ainda, na total anarquia e numa longa guerra civil como as que destruíram o Líbano e o Afeganistão.
Numa declaração otimista, o subcomandante militar americano no Iraque, general Raymond Odierno, destacou que a semana passada registrou o menor número de casos de violência contra civis e as forças de segurança em um ano e três meses.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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