terça-feira, 11 de setembro de 2007

Morre Anita Roddick, fundadora da BodyShop

Anita Roddick, que transformou seus ideias num negócio lucrativo e politicamente correto, morreu de hemorragia cerebral na segunda-feira aos 64 anos. Ela tinha hepatite C e desenvolvera cirrose hepática, uma das conseqüências da doença.

Anita começou abrindo uma simples loja de cosméticos ecologicamente corretos, não-testados em animais, a BodyShop, em 1976, em Brighton, uma cidade à beira-mar no Sul da Inglaterra. Hoje, são mais de 2 mil lojas em 50 países.

No ano passado, a BodyShop foi vendida para a l'Oreal, da França, mas retém sua marca e sua identidade, e continua a ser administrada como uma empresa independente.

A BodyShop de Anita não fazia propaganda de seus produtos e aproveitava as vitrines de suas lojas para promover a proteção à natureza e a defesa do meio ambiente. Na busca de matérias-primas para seus produtos, Anita Roddick foi parar na Amazônia. Lançou uma linha de produtos à base de castanha-do-pará e aproveitou os índios e a Floresta Amazônica para promovê-los. Seus críticos, inclusive a organização não-governamental Survival International a acusaram de faturar em cima dos índios dando-lhe uma participação irrisória nas vendas.

Contrária à ditadura da beleza e ao padrão estético anoréxicos das passarelas da moda, Anita lançou uma linha de produtos para gordinhas. O símbolo era Ruby, uma boneca inspirada nas mulheres do pintor flamengo Pieter Paul Rubens, do século 17, uma época em que magreza era sinal de tuberculose.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, lamentou a morte de Anita Roddick, destacando como um exemplo de "grande ativista" e "grande empresária".

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