Depois de mais de cem dias sem ser visto, o presidente licenciado de Cuba, Fidel Castro, deu entrevista à televisão cubana divulgada na sexta-feira. Com a voz fraca e rouca, o ditador falou mais de uma hora, citando fatos recentes como a chegada do preço do petróleo a US$ 80 por barril, entre outras coisas para desmentir os boatos sobre sua morte.
"Bem estou aqui... dizem que estava moribundo, que morri ou que morreria depois de amanhã. Bem... ninguém sabe que dia se vai morrer", ironizou Fidel.
Vestido com um abrigo esportivo das delegações cubanas, ele atacou a política externa dos Estados Unidos, acusando-a de ter deflagrado "uma guerra de religiões". Mas não quis comentar o futuro de Cuba nem sua possível candidatura à eleição presidencial prevista para março.
Fidel, de 81 anos, está no poder desde a vitória da Revolução Cubana, em 1º de janeiro de 1959. Antes de se submeter a uma operação de emergência para estancar um sangramento abdominal, em 31 de julho de 2006, transferiu interinamente para seu irmão, o vice-presidente e ministro da Defesa, Raúl Castro, todos os seus cargos, inclusive os de presidente, primeiro-ministro, líder do Partido Comunista e comandante das Forças Armadas de Cuba.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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