O ex-ministro das Finanças da França Dominique Strauss-Kahn foi oficialmente escolhido hoje para substituir no final do mês o atual diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), o ex-ministro das Finanças da Espanha Rodrigo Rato. Seu desafio será adaptar o FMI ao mundo globalizado.
Hoje, com países da América Latina como Brasil e Argentina pagando suas dívidas antecipadamente, o FMI tem poucos clientes e os países-membros da Ásia, África e América Latina não entendem a regra não-escrita que estabelece que o diretor-geral será sempre europeu, cando aos americanos a presidência do Banco Mundial, um acordo feito quando essas instituições foram criadas, no fim da Segunda Guerra Mundial.
A reforma do FMI deve começar por aí. O direito de voto também deve ser reexaminado. Mesmo que os EUA detenham oficialmente apenas 18% das cotas do Fundo, ele é considerado por muitos um instrumento da política econômica externa americana.
Strauss-Kahn, que se apresentava como candidato a liderar a renovação do Partido Socialista francês, depois de perder a candidatura presidencial para Ségolène Royal, foi indicado para o cargo pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, que afastou assim um inimigo em potencial.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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