Seis anos depois dos atentados de 11 de setembro, Ossama ben Laden zomba do poder dos Estados Unidos e o presidente George Walker Bush ainda insiste nas ligações entre a rede terrorista Al Caeda e a ditadura de Saddam Hussein no Iraque.
Mas a realidade é que a guerra no Iraque foi um desvio na luta contra o terrorismo que acabou alimentando o inimigo, que está infiltrado, sobretudo na Europa e tentando cometer novas atrocidades, como nos casos recentes em Londres e Glasgow, no Reino Unido; e em Hamburgo, na Alemanha.
Ben Laden divulgou nova mensagem, exaltando um dos "mártires" de 11 de setembro de 2001, maneira como se refere aos 19 terroristas suicidas que atacaram os EUA. E Bush alegou que Al Caeda no Iraque é a prova de que ele estava certo ao invadir o país e depor Saddam Hussein.
Foi interessante uma matéria da TV CNN que editou várias declarações de Bush e do vice-presidente Dick Cheney insistindo numa ligação de Saddam com os atentados de 11 de setembro. Cheney chega a dizer que Mohammed Atta, piloto do avião que bateu na Torre Norte do World Trade Center às 8h45 e que aparentemente era o líder da operação, trabalhava para Saddam, citando um suposto encotro de Atta com um agente iraquiano em Praga, uma hipótese jamais confirmada.
Como Bush é o tipo de idiota que acredita nas suas próprias mentiras, o mundo terá de suportar um presidente da hiperpotência totalmente divorciado da realidade.
Ossama deve estar rindo. Uma pesquisa feita no Paquistão revela que um terço da população apóia os Talebã e Al Caeda e apenas 19% têm uma opinião favorável dos EUA, apesar da ajuda americana depois do terremoto de outubro de 2005 na região da Caxemira, disputada pela Índia e o Paquistão.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário