Em terceira votação, o parlamento da Turquia elegeu o ministro do Exterior, Abdullah Gul, para presidir o país, apesar da oposição do Exército e da oposição secularista.
Sua eleição indireta provocou uma crise meses atrás, mas na eleição presidencial direta também não houve maioria absoluta e mais uma vez a eleição foi para o Parlamento, que na terceira votação finalmente consagrou Gul. Ele tomou posse em cerimônia reserva na terça-feira à noite.
Gul pertence ao mesmo Partido da Justiça e do Desenvolvimento, do primeiro-ministro Recep Tayyp Erdogan. É um partido islamista moderado, que chegou a ser cassado no passado e hoje ocupa os dois cargos mais importantes da República da Turquia.
Isso provocou uma reação negativa da oposição secularista e das Forças Armadas, guardiãs do secularismo imposto pelo fundador da república turca, Mustafá Kemal Ataturk (Pai dos turcos).
"Nossa nação está atenta ao comportamento daqueles separatistas que não consegue abraçar a natureza unitária da Turquia, e os centros do mal que tentam sistematicamente corroer a natureza secular da República da Turquia, declarou o general Yassar Buyukanit, principal comandante militar do país, no website das Forças Armadas. Na primeira parte, o general ataca os rebeldes que sonham em criar o Curdistão; na segunda, os islamitas ou fundamentalistas muçulmanos.
Na prática, o governo Erdogan é bastante moderado. Seu principal objetivo é aderir à União Européia e não fundar uma república islâmica na Turquia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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