O diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo Rato, alertou hoje para os riscos associados aos capitais de risco, citando como exemplo a crise das empresas que financiaram habitação para clientes de segunda linha nos Estados Unidos e hoje estão em crise.
"Há razões para se preocupar com o crescimento dramático das transações com capitais de risco", advertiu Rato durante visita às Filipinas. Se essas grandes tacadas financiadas com endividamento elevado derem errado, podem criar uma aversão ao risco, reduzindo as linhas de financiamento para mercados emergentes.
Por sua vez, "isto pode influenciar negativamente as perspectivas de investimento e crescimento não apenas nos países onde ocorra mas no mundo inteiro", ponderou o diretor do Fundo. "Pediria aos reguladores que estejam vigilantes quanto a esses negócios e que dêem atenção especial a negócios cujo fracasso tenha implicações sistêmicas".
Na opinião de Rodrigo Rato, "há riscos associados à globalização financeira. Me preocupo quando esses riscos não são plenamente apreciados".
Ele não considera importante para a economia global a crise do mercado habitacional para tomadores de segunda linha nos EUA, que derrubou as bolsas do mundo inteiro. "A escala de quaisquer perdas com empréstimos de segunda linha é muito menor do que a crise das sociedades de poupança e empréstimo" nos anos 80, também nos EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário