O suspeito de idealizar os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, Khaled Cheikh Mohammed, foi submetido a diversos métodos de tortura durante os interrogatórios realizados pela CIA (Agência Central de inteligência) em prisões secretas para onde foi levado nos últimos três anos. Esses métodos, descritos como "duros" pelo governo dos Estados unidos, "equivalem a tortura" para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, afirma reportagem publicada neste domingo pela revista The New Yorker.
Na reportagem de 12 páginas, a repórter Jane Mayer examina o desenvolvimento dos métodos de interrogatório do serviço de espionagem dos EUA e um relatório confidencial da Cruz Vermelha que confirma as alegações de Mohammed de que foi torturado pela CIA. Ele foi deixado nu em sua cela, interrogado por mulheres para sentir-se humilhado, atado a uma coleira como um cachorro, jogado contra as paredes e colocado com posições dolorosas enquanto estava amarrado ao chão. Também foi submetido a afogamento, a um calor sufocante e ao frio.
Quando ele foi preso e entregue aos EUA, em março de 2003, os agentes da CIA advertiram: "Não vamos matar você. Mas vamos levá-lo à beira da morte e trazê-lo de volta".
Leia a íntegra da investigação sobre os porões da guerra do governo Bush contra o terrorismo na revista The New Yorker.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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