O Ministério do Comércio da China revelou na manhã desta sexta-feira ter feito uma lista de 128 produtos importados dos Estados Unidos para responder à decisão do presidente Donald Trump de sobretaxar as importações de produtos chineses em até US$ 60 bilhões por ano, informou a televisão americana CNBC, especializada em noticiário econômico.
Entre os produtos visados, estão alumínio reciclado, canos de aço, carne de porco, porcos vivos, soja e sorgo. O total deve chegar a US$ 3 bilhões, 20 vezes menos do que o tarifaço ameaçado por Trump.
A China acusou o governo Trump de causar "danos graves" ao sistema multilateral de comércio e à "ordem normal do comércio global. A nota do ministério pede a realização de negociações urgentes com os EUA para evitar um impacto ainda maior nas relações bilaterais.
Em Washington, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, vai divulgar em 15 dias uma lista de produtos chineses a serem sobretaxados. A partir daí, haverá um prazo de 30 dias para um debate público e possíveis negociações. Cerca de 1,3 mil produtos foram examinados.
A proposta inicial era impor tarifas de até 25% com um valor de até US$30 bilhões por ano. Trump interferiu pessoalmente para dobrar este valor para US$ 60 bilhões. A China não vai deixar barato. Alega ter aumentado a proteção à propriedade intelectual e promete abrir setores de sua economia ainda fechados ao capital estrangeiro.
"Não queremos uma guerra comercial", declarou o embaixador chinês nos EUA, Cui Tiankai. "Mas não estamos com medo. Se alguém nos impuser uma guerra comercial, com certeza vamos contra-atacar e retaliar."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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