A Comissão de Inteligência da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos encerrou sua investigação sobre um possível conluio da candidatura Donald Trump com o governo da Rússia na eleição de 2016, anunciou ontem o deputado Mike Conaway, líder republicano na comissão.
A fase de tomada de depoimentos está encerrada, informou o deputado, enquanto o inquérito do procurador especial Robert Mueller segue em frente, observou o jornal The New York Times. Um anteprojeto de relatório final, de 150 páginas, será apresentado hoje à bancada democrata.
Sua conclusão final vai contra o entendimento da bancada democrata e de Mueller, primeiro, de que seja hora de encerrar a investigação da Câmara e, em segundo lugar, porque há vários indícios de cumplicidade entre a equipe de Trump e o Kremlin.
"Não encontramos prova de conluio", declarou ontem Conaway. "Descobrimos talvez erros de julgamentos, encontros inapropriados, julgamentos inapropriados em participar de encontros - mas só Tom Clancy poderia juntar essa série de encontros e contatos inadvertidos e tecer uma história de espionagem."
Trump imediatamente aplaudiu a decisão via Twitter: "A Comissão de Inteligência da Câmara, depois de uma profunda investigação de 14 meses, não encontros provas de conluio ou coordenação entre a campanha de Trump e a Rússia para influenciar a eleição presidencial de 2016."
O líder democrata na comissão, deputado Adam Schiff, repudiou a posição do Partido Republicano como "um marco trágico" e "uma capitulação diante do Executivo".
"Ao encerrar seu papel de supervisão na única investigação autorizada na Câmara, a maioria colocou o interesse de proteger o presidente acima da proteção ao país", disparou Schiff. "A história vai julgar suas ações com dureza."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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