Com uma hiperinflação prevista em 13.000% neste ano, começa a faltar dinheiro na Venezuela. Hoje o ditador Nicolás Maduro anunciou sua solução: cortar três zeros da moeda nacional, o bolívar, que um dia o finado caudilho Hugo Chávez chamou de "bolívar forte".
A medida entre em vigor em 4 de junho, quando o regime começará a retirar de circulação as atuais notas do desvalorizado bolívar. As moedas de 50 centavos e 1 bolívar voltam a circular.
Ao anunciar o corte de zeros, o ditador culpou a Colômbia pela crise monetária venezuelana, de única a exclusiva responsabilidade das políticas do "socialismo do século 21" impostas pelo chavismo.
"Roubam o dinheiro. Mal termina de sair uma nova cédula e já estão levando para Cúcuta", acusou irresponsavelmente Maduro, citando a cidade colombiana na fronteira onde os venezuelanos tentam comprar tudo o que falta em seu país, ou seja, quase tudo, menos gasolina.
Maduro acusou irresponsavelmente os presidentes da Colômbia e da Assembleia Nacional da Venezuela, dominada pela oposição: "Essa máfia dirige [o presidente] Juan Manuel Santos assessorado por Julio Borges, como uma vingança para fazer mal à Venezuela."
No câmbio negro, o dólar foi vendido hoje a 231.334,02 bolívares em Caracas e a 259.622,64 em Cúcuta, na Colômbia. Um euro vale 284.672,70 bolívares em Caracas e 319.081,41 em Cúcuta.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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