Dez dos 18 palestinos mortos ontem durante um protesto na fronteira da Faixa de Gaza com Israel eram militantes de grupos terroristas. Oito pertenciam ao braço armado do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), o maior partido extremista muçulmano palestino, que convocou a manifestação, afirma o Exército de Israel.
Cerca de 30 mil palestinos participaram ontem da Marcha do Retorno, iniciando uma onda de protestos programada para durar até a aniversário de 70 anos da fundação do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948. Eles reivindicavam o "direito de retorno" às casas e terras onde moravam antes da criação e da Guerra da Independência de Israel (1948-49).
Alguns jovens extremistas foram até a cerca de segurança erguida por Israel e jogaram pedras e coquetéis molotov nos soldados israelenses do outro lado da fronteira. As Forças de Defesa de Israel declararam que só foram alvejados com munição letal os palestinos que atacaram os soldados ou a cerca de segurança.
Oito seriam ativistas do Hamas, acusou Israel. O grupo fundamentalista palestino só reconheceu cinco como milicianos das Brigadas Izzadin al-Cassam e alegou que participavam pacificamente da manifestação.
Pelo menos um, Sari Abu Odeh, era da tropa de elite do Hamas, chamada Nukhba. Muhammad Abu Amro trabalhava no setor do Hamas dedicado à construção de túneis para furar o bloqueio israelense. Mussab al-Saloul, de 23 anos, morreu quando tentava romper a cerca.
O mais velho era Jihad Farina, de 35 anos, comandante de uma companhia da ala militar do Hamas. O mais jovem era Ahmad Odeh, de 19 anos, do grupo terrorista Batalha Shati
Outro miliciano morto era das Brigadas dos Martires de Al-Aqsa, braço armado da Fatah (Luta), maior partido da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que domina a Autoridade Nacional Palestina (ANP), que governa os territórios sob controle palestino na Cisjordânia. O décimo palestino morto era militante da "guerra santa global", membro de algum dos grupos salafistas de Gaza.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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