Pelo menos 18 palestinos morreram e mais de 1,4 mil saíram feridos de confrontos com as forças de segurança de Israel quando se manifestavam perto da fronteira da Faixa de Gaza na chamada Marcha do Retorno.
Cerca de 30 mil palestinos participaram da marcha convocada pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), o maior partido islamista palestino, para a marcha, parte das manifestações de protesto pelos 70 anos da criação do Estado de Israel, que serão completados em 14 de maio.
O protesto se tornou violento quando jovens palestinos jogaram pedras nos soldados israelenses e tocaram fogo em pneus junto à cerca que marca a fronteira. Ontem, o comandante do Exército de Israel, general Gadi Eisenkot, advertira que mais de 100 atiradores seriam colocados para defender a fronteira com balas de borracha e munição letal.
Israel responsabilizou o Hamas por "explorar cinicamente mulheres e crianças, mandando-os para a cerca de segurança e colocando suas vidas em perigo". O grupo radical controla Gaza desde uma guerra civil palestina contra a Fatah, principal partido da Organização para a Libertação da Palestina, em 2007.
O líder do Hamas, o ex-primeiro-ministro Ismail Haniya, declarou que o movimento visa a fortalecer o "direito de retorno" dos palestinos expulsos desde a criação de Israel, em maio de 1948. Israel rejeita o "direito de retorno", um dos problemas centrais das negociações de paz árabe-israelenses. Se todos os palestinos e descendentes voltassem, seriam maioria no país.
Em qualquer acordo de paz, o direito de retorno terá de ser resolvido com compensação financeira pelas propriedades deixadas para trás pelos palestinos quando da fundação de Israel.
Os outros pontos fundamentais são a criação de um Estado nacional palestino nos territórios ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, o reconhecimento de Israel, o futuro das colônias israelenses na Cisjordânia e do setor oriental (árabe) de Jerusalém.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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