segunda-feira, 26 de março de 2018

EUA, Canadá e Europa expulsam mais de 120 diplomatas russos

Numa reação conjunta contra o envenenamento de um ex-agente duplo na Inglaterra, os Estados Unidos, o Canadá e 25 países da Europa anunciaram hoje a expulsão de dezenas de diplomatas russos suspeitos de espionagem. 

Só os EUA, mandaram embora 60 russos e fecharam o Consulado da Rússia em Seattle. A Alemanha, o Canadá e a França expulsaram quatro cada. O Reino Unido já havia ordenado a 23 que saíssem do país. Ao todo, mais de 120 diplomatas receberam ordem de partir, além dos 23 britânicos expulsos pela Rússia.

Na Europa, num primeiro momento, a ex-república soviética da Ucrânia, que não faz parte da União Europeia, expulsou 13 diplomatas; a Alemanha, a França e a Polônia, quatro cada; as ex-repúblicas soviética da Estônia e a Lituânia, e a República Tcheca, três cada; a Holanda e a Itália, dois cada; a Croácia, a ex-república soviética da Letônia, a Romênia, a Suécia e a Albânia, que também não faz parte da UE, um cada.

O ex-espião russo Serguei Skripal e a filha foram encontrados inconscientes em 4 de março na cidade de Salisbury, no interior da Inglaterra, e estão hospitalizados até agora em estado crítico. Talvez nunca se recuperem de um envenenamento com um agente nervoso, uma arma química proibida.

Nos EUA, a expulsão partiu do Departamento de Estado e não diretamente pela Casa Branca. O presidente Donald Trump é suspeito de conluio com a Rússia para vencer Hillary Clinton na eleição presidencial de 2016. Terão de ir embora 48 diplomatas da Embaixada da Rússia e 12 da representação russa junto às Nações Unidas.

Há uma condenação generalizada no Ocidente à agressividade da Rússia a partir da intervenção militar da Ucrânia e a anexação da Crimeia, em 2014, que rebaixou as relações diplomáticas ao menor nível desde o fim da Guerra Fria, em 1991.

Desde então, aviões bombardeiros da Rússia retomaram voos provocativos na Europa e perto dos EUA, e o Kremlin foi acusado de lançar uma guerra cibernética para manipular eleições em outros países.

Hoje o ministro do Exterior russo, Serguei Lavrov, prometeu retaliação.

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