quarta-feira, 21 de março de 2018

FARC tem 1,2 mil dissidentes que não abandonaram a luta armada

Cerca de 1,2 mil guerrilheiros das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que se transformaram em partido político depois de um acordo de paz com o governo colombiano, não abandonaram a luta armada, declarou hoje o comandante do Exército, general Alberto Mejia. A agora Força Alternativa Revolucionária do Comum admitiu a deserção de 500 dissidentes.

Os rebeldes tentam financiar a luta armada com o tráfico de drogas e se aliar ao Exército de Libertação Nacional (ELN), que retomou as negociações de paz depois de violar a trégua e matar policiais em ataques a delegacias, ou ao Clã do Golfo, que reúne paramilitares de extrema direita desmobilizados durante o governo Álvaro Uribe (2002-10).

Desde a assinatura do acordo, em novembro de 2016, pelo menos 248 dissidentes das FARC foram mortos, presos ou entregues às autoridades, revelou o comandante do Exército. O novo partido colabora com o governo no combate à violência política e à erradicação das plantações de coca.

Com o fim da Guerra Fria e da União Soviética, em 1991, o tráfico de drogas passou a ser a principal fonte de financiamento das guerrilhas esquerdistas da Colômbia, prolongando a guerra civil iniciada em 9 de abril de 1948, com o assassinado do líder liberal e candidato a presidente Jorge Eliécer Gaitán.

O ELN teria hoje cerca de 1,5 mil homens em armas. A nova FARC teve um desempenho eleitoral medíocre. Seus candidatos ao Senado obtiveram apenas 52 mil votos, 0,34% do total.

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